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10/01/2007 11h28
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Publicado por Hamilton F Menezes
em 10/01/2007 às 11h28
 
08/01/2007 00h30
Artista Plástico: Rafael Inácio - Obra de Arte: Branca Azeda
Obra de Arte acima:
Branca Azeda - 1,20 x 1,00m, tinta acrílica sobre tela.



O trabalho do pintor Rafael Inácio revela com intensa sutileza a condição do corpo no mundo contemporâneo. Em sintonia com o espírito observador do voyeur, uma das principais características da arte moderna desde a poesia de Baudelaire, os quadros de Inácio nos incitam e provocam a refletir sobre o olhar. Porém, ao contrário do anonimato que desfruta no espaço público e na rua, este olhar assume em sua obra uma condição necessária de subjetividade diante a multiplicidade e fragmentação das relações no mundo pós-moderno. Corpos em sua interface com os movimentos do desejo, com as possibilidades infinitas de ser desejo, de ter desejo. Esse é o diálogo proposto pelo artista. A superada questão da essência apolínea da beleza é descartada. As cópias e os simulacros são mais interessantes. Não pretendem revelar a verdade e nem se justificam por um ideal de pureza. Sua superficialidade nos aproxima da condição de afetar, de deslocar de fato o que nos é (pro)posto como lugar e como natureza. É um índice de resistência. É uma afirmação do corpo. O trabalho de Inácio aborda alguns aspectos desta resistência. Anorexia, drogas da beleza ou o decadente glamour no ato de se entorpecer que sugerem suas personagens não representam indícios de fraqueza. São reações normais de um corpo que se rebela contra os postulados morais e estéticos que a sociedade lhe impõe. É uma denúncia a inviabilidade do projeto de adestramento e disciplina do corpo. A artificialidade da musa, por exemplo, é assumida como potência, como mais um aspecto de sua amplitude e complexidade. Afirma outras vitalidades que independem do que é orgânico, organizado, do que é organismo. Todo seu trabalho é atravessado por esse lugar de flagrante contradição da artificialidade e pela constante possibilidade de transmutação dos elementos que dialogam em seus quadros. Não há em nenhum momento a ingênua tentativa de tradução ou de representação alegórica sobre o que o corpo é capaz. Inácio amplifica em sua pintura o espaço privilegiado dos corpos produtores de diferença e heterogeneidade na sociedade e nos demonstra uma incrível sagacidade de focar este movimento através de sua arte/techné. Miguel Jost

Maiores informações sobre suas obras de arte:
xxx-21-2239-3900

Visite o site:
http://profile.myspace.com/index.cfm?fuseaction=user.viewprofile&friendid=139009838
Publicado por Hamilton F Menezes
em 08/01/2007 às 00h30
 
03/12/2006 23h48
Manipuladores cerebrais - SCIENTIFIC AMERICAN Brasil - Por Robert Sapolski
Manipuladores cerebrais - Por Robert Sapolski
http://www2.uol.com.br/sciam/conteudo/materia/materia_24.html

Microrganismos podem manipular com surpreendente habilidade o funcionamento do cérebro
Por Robert Sapolski

Microrganismos podem manipular, muito melhor que nós, o circuito cerebral

SCIENTIFIC AMERICAN Brasil

Como grande parte dos cientistas, freqüento encontros profissionais, sendo um deles a reunião anual da Society of Neuroscience, organização mundial constituída pela maior parte dos pesquisadores que investigam o cérebro. É uma das experiências mais agressivas, intelectualmente falando. Imagine cerca de 28 mil de nós, cientistas ?nerds?, trancados em um único centro de convenções. Essa proximidade pode deixar qualquer um maluco depois de uma semana inteira ouvindo ? seja num restaurante, elevador ou banheiro ? discussões entusiasmadas sobre os axônios da lula.

O processo de atualização de conhecimentos científicos também não é nada fácil. A reunião apresenta uma sobrecarga enorme de informação: são 14 mil conferências e cartazes. Sem contar que, do subconjunto de cartazes de indispensável verificação, vários são inacessíveis: seja por causa da multidão entusiasmada à frente deles, por estarem num idioma que você nem mesmo reconhece ou ainda porque descrevem, inevitavelmente, cada experimento que você planejava para os próximos cinco anos. No meio disso tudo, esconde-se a compreensão compartilhada de que, apesar de zilhões de nós labutarmos como escravos sobre o assunto, ainda não sabemos nada sobre o funcionamento cerebral.

Meu próprio momento de humildade na conferência surgiu numa tarde ao me sentar nos degraus do centro de convenções. Sentia-me nocauteado por excesso de informação e ignorância generalizada. No momento em que meu olhar focou uma poça de água escura e estagnada no meio-fio, imaginei que algum microrganismo microscópico infestando o local provavelmente saberia mais sobre o cérebro que todos nós, neurocientistas, juntos.

O insight desmoralizante brotou de um ensaio extraordinário e atual sobre como certos parasitas controlam o cérebro de seus hospedeiros. A maioria de nós sabe que bactérias, protozoários e vírus têm meios incrivelmente sofisticados de usar o corpo de animais para seus próprios fins. Eles seqüestram nossas células, energia e estilo de vida para poderem prosperar.
Mas, sob vários aspectos, a coisa mais fascinante e diabólica que esses parasitas desenvolveram ? tema que ocupou minhas reflexões naquele dia ? é a habilidade que demonstram em mudar o comportamento de seus hospedeiros a seu favor. Alguns exemplos em livros didáticos descrevem ectoparasitas, microrganismos que colonizam a superfície do corpo. Certos acarinos, por exemplo, montam nas costas de formigas, provocando um reflexo que culmina em vômito, para daí se alimentarem. Alguns oxiúros depositam ovos na pele de um roedor. Os ovos secretam uma substância que provoca coceira, fazendo o roedor mordiscar o local. Com isso, os ovos acabam sendo ingeridos e, uma vez dentro do roedor, eclodem na maior alegria.
Nesses casos, as reações são provocadas através de um artifício que consiste em molestar o hospedeiro, fazendo com que se comporte de acordo com a conveniência do intruso. Mas alguns parasitas realmente alteram a função do próprio sistema nervoso, manipulando hormônios que afetam o comportamento do hospedeiro. Os cirrípedes (Sacculina granifera), por exemplo, um tipo de crustáceo encontrado na Austrália, grudam em caranguejos machos e secretam um hormônio feminizante, induzindo o comportamento maternal no animal. O caranguejo afetado parte para o mar com instintos femininos e cava buracos na areia ideais para desova. O macho, obviamente, não irá desovar nada. Mas os pequenos crustáceos, sim. E se infectarem um caranguejo fêmea, induzirão o mesmo comportamento ? depois de atrofiar seus ovários, uma prática conhecida como castração parasítica.



Imaginei que algum microrganismo microscópico infestando ali, provavelmente saberia mais sobre o cérebro do que todos nós, neurocientistas, juntos.


Por mais bizarros que sejam esses casos, pelo menos os organismos agem fora do cérebro. Alguns, no entanto, se introduzem nesse órgão. Trata-se de seres microscópicos, quase sempre vírus. Uma vez no cérebro, esses minúsculos parasitas permanecem relativamente protegidos de ataques imunes e iniciam sua tarefa ao desviar o maquinismo neural em proveito próprio.

O vírus da raiva é um desses parasitas. Apesar de se conhecer, há séculos, a atuação desse vírus, ninguém, que eu saiba, conseguiu enquadrá-lo de uma forma neurobiológica, como estou prestes a fazer. A raiva poderia ter se desenvolvido de várias maneiras para se locomover entre os hospedeiros. O vírus não tem de ir a nenhum local próximo do cérebro. Ele poderia ter maquinado um artifício similar ao utilizado pelos agentes que causam os resfriados ? irritar os terminais nervosos das narinas, provocando o espirro do hospedeiro, espalhando os replicantes virais para todos os lados. Ou, então, poderia ter induzido um desejo incontrolável de lamber alguém ou algum animal espalhando, assim, o vírus pela saliva. Mas, como sabemos, a raiva pode provocar agressividade em seu hospedeiro, permitindo que o vírus pule para um outro hospedeiro via saliva que entra no ferimento.

Imagine só isso. Uma quantidade enorme de neurobiologistas estuda as bases neurais da agressão: os caminhos cerebrais envolvidos, os neurotransmissores mais importantes, as interações entre os genes e o meio, a modulação pelos hormônios, e assim por diante. A agressão tem gerado conferências, teses de doutorado, brigas acadêmicas mesquinhas e direitos de posse sórdidos. Todavia, o vírus da raiva sempre ?soube? exatamente quais neurônios infestar para que alguém desenvolva a raiva. E, pelo que eu saiba, nenhum neurocientista estudou a raiva, especificamente, para compreender a neurobiologia da agressão..
Mesmo causando efeitos virais tão impressionantes, ainda há espaço para aperfeiçoamento, devido à não-especificidade do parasita. Se você é um animal portador da raiva, pode morder uma das poucas criaturas, como o coelho, onde o vírus da raiva não replica bem. Então, apesar de os efeitos comportamentais da infecção o cérebro serem bastante impressionantes, se o impacto do parasita for muito amplo, pode se auto-extinguir em um hospedeiro sem futuro.

Isso nos reporta ao caso maravilhosamente específico do controle do cérebro e ao ensaio que mencionei anteriormente, de Manuel Berdoy e colegas da University of Oxford. Berdoy e associados estudam um parasita denominado Toxoplasma gondii. Dentro de uma utopia toxoplásmica, a vida consiste em duas seqüências de hospedeiros envolvendo roedores e gatos. O protozoário é ingerido pelo roedor, onde forma cistos em todo o corpo, particularmente no cérebro. O roedor é comido pelo gato, onde o organismo toxoplasma se reproduz. O gato descarta o parasita através das fezes que, em um desses ciclos de vida, são beliscadas por roedores. Todo esse panorama depende da especificidade: gatos são a única espécie onde o toxoplasma pode se reproduzir e se disseminar. Portanto, o toxoplasma não gostaria que seu portador fosse abatido por um falcão ou que as fezes de seu gato fossem ingeridas por um inseto que vive no esterco. Imagine você, o parasita pode infectar todos os tipos de outras espécies; mas precisa sempre se introduzir em um gato se o intento for a reprodução.

Esse potencial de infestar outras espécies é o motivo da recomendação em todos os livros para mulheres grávidas. Aconselha-se a banir o gato e sua bandeja sanitária de casa e a não se fazer jardinagem se houver gatos na vizinhança. Se um toxoplasma contido nas fezes de um gato infectar uma grávida, ele pode entrar no feto e potencialmente causar comprometimento neurológico. Mulheres grávidas e bem informadas ficam inquietas com a proximidade de gatos. Roedores infectados por toxoplasma, todavia, apresentam reação inversa. A habilidade extraordinária do parasita faz com que os roedores percam a aflição.

Todos os roedores evitam gatos ? comportamento que etologistas designam como um padrão de ação fixa, onde o roedor não desenvolve aversão por tentativa e erro (uma vez que não existem mesmo tantas oportunidades de aprender com os próprios erros perto de gatos). Ao contrário, a fobia a felinos é monitorada à distância e alcançada através da olfação, feromônios e sinalizadores químicos por odor, liberados pelos animais. Roedores instintivamente fogem do cheiro de gatos ? mesmo aqueles que nunca viram um gato na vida, como os descendentes de centenas de gerações de animais de laboratório. Exceto os roedores infectados pelo toxoplasma. Como foi demonstrado por Berdoy e seu grupo, esses roedores perdem, seletivamente, a aversão e o medo dos feromônios de gatos.

Esse não é um caso genérico de parasita se infiltrando na cabeça de um hospedeiro intermediário, tornando-o desmiolado e vulnerável. Tudo parece permanecer bem intacto nos roedores. O status social do animal não muda em sua hierarquia de domínio e ele ainda se interessa pela cópula e, portanto, de fato, nos feromônios do sexo oposto. Os roedores infectados podem ainda distinguir outros odores. Eles somente não rechaçam os feromônios de gatos. Isto é espantoso. É como alguém infectado por um parasita cerebral que não causa efeito algum, seja nos pensamentos, emoções, escores SAT ou preferências televisivas mas que, para completar seu ciclo de vida, provoca uma necessidade urgentíssima de ir ao zoológico, pular a cerca e tentar um beijo de língua no urso polar mais bravo. Uma atração fatal induzida por parasita, é como o grupo de Berdoy intitulou o ensaio.

Mulheres grávidas bem informadas ficam inquietas com a proximidade de gatos. Roedores infectados por toxoplasma, todavia, apresentam reação inversa.


Obviamente, uma pesquisa mais abrangente é necessária. Menciono isso porque essa descoberta é intrinsecamente tão arrojada, que alguém precisa saber como funciona. E porque ? permita-me um momento Stephen Jay Gould ? fornece uma evidência ainda maior de que a evolução é extraordinária. Extraordinária por caminhos contra-intuitivos. Muitos de nós mantemos a idéia profundamente arraigada de que a evolução é direcional e progressiva: invertebrados são mais primitivos que vertebrados, mamíferos são os vertebrados mais evoluídos, primatas são mamíferos com melhor seleção genética, e assim por diante. Alguns dos meus melhores alunos sempre caem nessa, não importando o quanto eu bata na mesma tecla durante as aulas.

Se você comprar essa idéia, além de errado, estará próximo da filosofia que tem, também, direcionado a evolução dos humanos, partindo do princípio de que os europeus do norte são os que mais desenvolveram paladar para Schnitzel e passo de ganso.

Lembre-se, então, que existem criaturas que podem controlar cérebros. Organismos microscópicos e até maiores, mais poderosos que o Grande Irmão e, sim, que os neurocientistas. A reflexão ao lado da poça no meio-fio levou-me à conclusão oposta àquela alcançada por Narciso em sua reflexão diante da água. Precisamos de humildade filogenética. Não somos, certamente, a espécie mais desenvolvida do pedaço, tampouco a menos vulnerável. Nem a mais esperta.




OS AUTORES
Robert Sapolsky é professor de neurologia e ciência biológica na Stanford University e pesquisador associado no National Museums of Kenya. Obteve seu PhD em neuroendocrinologia da Rockefeller University, em 1984. Suas áreas de interesse em pesquisa incluem morte neuronal, terapia genética e fisiologia de primatasP.


PARA CONHECER MAIS
Borna Disease Virus Infection in Animals and Humans. Jurgen A. Ritcht, Isolde Pfeuffer, Matthias Christ, Knut Frese, Karl Bechter e Sibylle Herzog in Emerging Infectious Diseases, Vol. 3, nº 3, págs. 343-352; julho-setembro 1997. Disponível em www.cdc.gov/ncidod/eid/vol3no3/richt.htm
Fatal Attraction in Rats Infected with Toxoplasma gondii. Manuel Berdoy, Joanne Webster e David Macdonald in Proceedings of the Royal Society of London, B 267, págs. 1591-1594; 7 de agosto, 2000.
Parasites and the Behavior of Animals. Janice Moore. Oxford University Press, 2002.
Publicado por Hamilton F Menezes
em 03/12/2006 às 23h48
 
20/11/2006 00h38
Jovens em perigo - Correio Braziliense
Jovens em perigo

Helena Mader e Carolina Caraballo
Correio Braziliense
17/11/2006

Pesquisa aponta o Distrito Federal em quarto lugar entre as unidades da federação com maior número de homicídios na faixa etária dos 15 aos 24 anos. Nos últimos 10 anos, os assassinatos cresceram 34%

A capital federal está entre as cidades mais perigosas para os jovens. O Distrito Federal ocupa o quarto lugar no ranking dos estados com maior taxa de homicídio entre a população de 15 a 24 anos, na frente de regiões consideradas violentas, como São Paulo. De 1994 a 2004, 3.536 jovens foram assassinados em Brasília. Os dados fazem parte da pesquisa Mapa da Violência 2006, realizada pela Organização dos Estados Ibero-Americanos para a Educação, a Ciência e a Cultura (OEI).

O levantamento inédito, divulgado ontem, mostrou que o número de homicídios de jovens na cidade cresceu 34% durante a última década. Em todo o Brasil, esse aumento foi ainda mais expressivo: os assassinatos nessa faixa etária aumentaram 64,2% de 1994 até 2004. As causas externas — homicídios, acidentes de trânsito ou suicídios — são responsáveis pela morte de mais de 60% dos jovens brasileiros.

A violência contra os jovens no Brasil só perde para a Colômbia e a Venezuela. As mortes por homicídio, no entanto, nem sempre lideraram as estatísticas no país. Há cerca de meio século, as epidemias e as doenças infecciosas eram as principais causas da morte da população de 15 a 24 anos. Por falta de trabalho ou de educação, os jovens estão nas ruas, mais expostos à criminalidade. Em Brasília, sete em cada 10 mortos por homicídio são jovens. E os negros são as principais vítimas. Dos 374 assassinatos registrados na faixa etária de 15 a 24 anos em 2004, 318 mortos eram negros. Apenas 53 eram brancos.

Na comparação entre os sexos, os números são ainda mais impressionantes: 92% das vítimas de homicídio são do sexo masculino. A sociologia do crime diz que a violência é um fenômeno predominantemente masculino e que os jovens, por sua natureza turbulenta, são mais propensos à delinqüência. A afirmação é do coordenador para assuntos de segurança pública do Centro de Ensino Unificado do Distrito Federal (UDF) e doutor em educação, George Felipe Dantas.

Ele associa o elevado número de jovens do sexo masculino envolvidos em crimes à falta de amparo do Estado, à ruptura da estrutura familiar e à cultura da supremacia pela força física. “A violência prevalece nas áreas mais pobres, onde a falta de estrutura social faz com que o jovem busque meios alternativos para se incluir na sociedade. Valores culturais que exaltam a posição do macho, a energia juvenil e a proximidade com a miséria provocam essa epidemia de homicídios entre jovens”, explica.

O sociólogo Julio Jacobo Waiselfisz , autor da pesquisa Mapa da Violência 2006, lembra que as armas de fogo são as principais causas da morte dos jovens brasileiros. “A mortalidade por arma de fogo continua extremamente alta. Uma média de 102 pessoas morrem todos os dias no país, vítimas de disparos”, explica o pesquisador.

Mas ele destaca que a campanha do desarmamento teve efeitos positivos para a redução de mortes. A tendência histórica de crescimento dos assassinatos parou em 2004, quando o número de homicídios caiu 5,3% com relação ao ano anterior. No Distrito Federal, essa tendência se confirmou. O número de assassinatos caiu de 407 para 374 no mesmo período. “A campanha de desarmamento e o recolhimento de armas tiveram reflexos imediatos na redução dos índices”, explica Julio Jacobo.

Perda
Sete anos não foram suficientes para fazer o publicitário Francisco Régis Lopes, 42 anos, superar a morte do irmão. Em 10 de fevereiro de 1999, o estudante Maurício Dartagnan Ferreira Lopes, 17, foi assassinado. O jovem conversava com amigos na 315 Sul quando Jorge da Silva Júnior, 19, anunciou o assalto. Maurício não teve tempo de descer da bicicleta — levou dois tiros no peito e morreu no local. “Costumamos pensar que esse tipo de situação nunca vai acontecer na nossa própria família. Mas o fato é que a violência está cada dia maior e atinge jovens de todas as cidades do DF”, diz Francisco.

Um ano antes de o irmão ser assassinado, o publicitário sofreu com a morte do pai. Pensava conhecer bem a dor de perder um ente querido. “Mas quando o Maurício morreu, vi que não tinha aprendido nada. Eu o vi nascer, ele ainda aproveitava a juventude quando foi assassinado. Isso é inaceitável”, desabafa. “Às vezes, penso que os jovens são as grandes vítimas da violência porque eles se expõem mais. Têm sede de viver, estão sempre nas ruas”, explica Francisco.

O diretor da OEI no Brasil, Daniel González, diz que o estudo sobre a violência entre os jovens é importante para o governo traçar diretrizes para resolver o problema. “O levantamento é essencial para ajudar o governo a definir as políticas públicas”, explica González. O secretário-executivo do Ministério da Saúde, Jarbas Barbosa, lembra que a violência, além de levar a vida dos jovens, tem custo altíssimo para os cofres públicos. “O sistema de saúde fica sobrecarregado”, explica. Segundo ele, os dados da OEI serão úteis para melhorias no sistema de saúde e nas políticas do governo. “O estudo vai ajudar que as políticas públicas sejam mais embasadas e, portanto, mais efetivas.”
Publicado por Hamilton F Menezes
em 20/11/2006 às 00h38
 
07/11/2006 04h20
Teclado deixa tela do notebook na altura dos olhos
Teclado deixa tela do notebook na altura dos olhos
http://tecnologia.terra.com.br/interna/0,,OI1232867-EI4801,00.html

A Logitech anunciou seu novo teclado Logitech Alto, destinado aos usuários de notebook que procuram conforto e ergonomia. Alto é um teclado que proporciona elevação do notebook até a altura dos olhos do usuário.
Hoje, os notebooks têm sido utilizados muitas vezes como substitutos de computadores desktop, tanto em ambientes domésticos como em escritórios, mas sua forma compacta acaba dificultando a vida de usuários e forçando-os a se adaptar a uma postura não ergonômica, problema que Alto tentará amenizar.

Além do teclado alfanumérico e numérico, o teclado também possui um painel multimídia para ajuste de volume e outras teclas de atalho para aplicações favoritas, pastas e páginas da internet. A empresa afirma que para montar e conectar o teclado, via USB, ao notebook bastam 30 segundos. Fechado, o aparelho possui 23,7 x 42,8 x 3,6 cm e se parece com um livro. Quando aberto, revela um teclado espaçoso e o suporte.

De acordo com o site PlayFuls, em um recente estudo com 1.000 usuários americanos de notebooks, 49% afirmaram que o calor emanado por seus aparelhos era uma das dificuldades de uso, o que a empresa afirma que resolverá com o dispositivo.

O Logitech Alto deve estar disponível em território europeu no começo de dezembro de 2006 e nos Estados Unidos no começo de janeiro de 2007. O preço sugerido para as vendas em território americano é de US$ 99,99. O site Gizmodo traz algumas fotos do produto, que podem ser visualizadas no atalho snurl.com/114q4.


Magnet
Publicado por Hamilton F Menezes
em 07/11/2006 às 04h20
Página 71 de 80
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